HOMOCISTEÍNA E O RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Resumo
Introdução: Elevados níveis de homocisteína (He) plasmática têm sido associados a uma taxa de mortalidade cardiovascular aumentada, independente de fatores de risco tradicionais. Objetivo: O objetivo dessa revisão sistemática foi reunir resultados de pesquisas clínicas que examinaram a relação entre hiperhomocisteinemia (Hhe) com o risco de doenças cardiovasculares (DCV) em adultos. Materiais e Métodos: Foi realizada uma busca eletrônica nas seguintes bases de dados: MEDLINE, LILACS e PubMed. Utilizou-se os seguintes descritores para pesquisa: “homocisteína” (ou seu sinônimo “2-amino-4-mercaptobutírico”) combinado com “marcador” (ou “biomarcador”), “cardíaco” (ou “cardiovascular”) e “risco”. Os critérios de inclusão foram artigos originais, publicados entre 2006 e 2016, nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa. Resultados: Foram identificados 41 artigos no processo inicial de
busca. A análise prévia foi realizada por meio da leitura dos resumos. Dos 41 artigos identificados, 32 foram descartados por não respeitarem os critérios de inclusão. Selecionou-se assim, 9 estudos, os quais foram obtidos na íntegra e, após a leitura dos mesmos, todos foram incluídos na mostra final do presente artigo. Verificou-se que os artigos analisados demonstraram correlação positiva entre os níveis plasmáticos de He e a incidência de DCV. Não foi possível afirmar que a associação entre os níveis elevados de He e DCV é causal. Conclusão: Os resultados desta revisão sugerem que novos estudos sejam realizados para esclarecer se a Hhe é uma causa ou consequência de doença cardiovascular. Além disso, são necessárias mais pesquisas sobre a problemática proposta no Brasil, uma vez que o país apresenta elevados índices de morbimortalidade cardiovascular.