Estrógeno exógeno no início do ciclo estral de vacas leiteiras na indução do estro e na dinâmica ovariana
Palavras-chave:
Vacas leiteiras, Reprodução, Dinâmica ovarianaResumo
O objetivo do presente trabalho foi verifi car o efeito do estrógeno exógeno, em fase precoce do ciclo estral, de vacas leiteiras, na indução do comportamento (sinais) de estro e na dinâmica ovariana. Foram utilizadas 16 vacas mestiças holandês-zebu ciclando regularmente, sem apresentar qualquer alteração clínica ou reprodutiva. As vacas foram incluídas ao acaso nos respectivos tratamentos. Tratamento 1: oito vacas receberam 2,5mL de cipionato de estradiol no 1º dia do ciclo estral, (considerando dia 0 o dia do estro). Tratamento 2 (controle): oito vacas sem tratamento. A manifestação de estro foi monitorada visualmente. Os exames ultrassonográfi cos foram realizados diariamente pela manhã, iniciando no dia do estro. As coletas de sangue para as dosagens de progesterona tiveram início no dia do estro (dia 0) e foram realizadas a cada três dias até o próximo estro. Os animais que receberam estrógeno no 1o dia após o estro natural manifestaram os sinais característicos de estro (psíquicos, útero túrgido e muco abundante) um dia após o tratamento. Esta redução do intervalo de estro para apenas dois dias pode favorecer a eliminação de bactérias do útero (quando presentes), aumentando, consequentemente, a eficiência reprodutiva. Excetuando o dia da emergência da 1a onda folicular, todas as outras variáveis estudadas (número e comprimento de ondas, características dos folículos dominantes e subordinados, assim como os parâmetros relacionados ao corpo lúteo e produção de progesterona) não foram afetadas pela aplicação de estrógeno um dia após o estro. A aplicação de cipionato de estradiol em vacas mestiças, um dia após o estro natural promove o aparecimento de sinais de
estro (psíquicos, útero túrgido e muco abundante) dois dias após o estro natural, sem afetar as características do ciclo estral subsequente.