Habermas e Honneth: leitores de Mead

Autores

  • Maria Eugenia Bunchaft Universidade Veiga de Almeida - UVA

DOI:

https://doi.org/10.24859/RID.2020v18n2.931

Palavras-chave:

identidade, reconhecimento, Mead, Habermas, Honneth

Resumo

Mead foi um filósofo pragmatista americano que desenvolveu uma linha de pensamento denominada como interacionismo simbólico. Para o psicólogo social, somente pode existir um sentido de “eu” se houver um senso correspondente de um “nós”. A teoria de Mead é fundamental para Habermas  e para Honneth, pois não recorre ao individualismo metodológico, explicando os fenômenos sociais e o comportamento social em uma perspectiva intersubjetiva. Defende-se que a preocupação fundamental de Habermas, em sua releitura da psicologia social de Mead, se concentra em que o desenvolvimento do self alcance um nível de pós-convencionalidade. A preocupação de Honneth, ao resgatar Mead, vincula-se aos contextos de vulnerabilidade moral, ou seja, à possibilidade de evitar os danos que o self possa sofrer na formação da identidade pessoal. Sustenta-se, finalmente, que uma releitura da psicologia social de Mead com base no paradigma normativo da autorrealização não possui recursos teóricos com potencialidade para avaliar as injustiças contemporâneas e atender aos desafios propostos pelos novos movimentos sociais, porquanto a ampliação das dimensões de reconhecimento não pode basear-se em uma apologia da psicologia moral do sofrimento. Busca-se, portanto, apresentar um diálogo entre Habermas e Honneth sobre a psicologia social de Mead.

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Biografia do Autor

Maria Eugenia Bunchaft, Universidade Veiga de Almeida - UVA

Professora do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Veiga de Almeida. Pós-Doutora em Filosofia pela UFSC. Doutora e Mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela PUC-Rio. Pesquisadora da FUNADESP.

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Publicado

2020-12-21

Como Citar

Bunchaft, M. E. (2020). Habermas e Honneth: leitores de Mead. Revista Interdisciplinar Do Direito - Faculdade De Direito De Valença, 18(2), 272–308. https://doi.org/10.24859/RID.2020v18n2.931

Edição

Seção

Artigos