“A Minha Verdade é a Minha Justiça”: atualizando os significados atribuídos ao princípio da imparcialidade judicial

Autores/as

  • Bárbara Gomes Lupetti Baptista

Palabras clave:

Direito, antropologia, princípio da imparcialidade, verdade, justiça

Resumen

Este trabalho é resultado de pesquisa realizada no TJRJ. A metodologia incorpora uma profícua interlocução que me permite fazer entre o direito, minha área de formação, e a antropologia, disciplina que conheci por ocasião da orientação recebida durante a minha pós-graduação. A pesquisa permite perceber que o princípio da imparcialidade, hoje bastante em voga, é uma crença construída discursivamente pelo campo do direito e que funciona como uma categoria estruturante do sistema judiciário. No entanto, a crença discursiva se choca com a realidade empírica, uma vez que os dados de campo
demonstram que aspectos subjetivos do Juiz interferem diretamente no exercício da jurisdição, sugerindo que a moralidade e o senso de justiça do magistrado interferem no curso e nos resultados do processo. Entre o paradoxo de “parecerem imparciais” e o fato de “serem humanos”, os Juízes narram seus dilemas e os desafios que vivenciam na tentativa de “não contaminarem” a sua imprescindível imparcialidade.

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Biografía del autor/a

Bárbara Gomes Lupetti Baptista

Professora Permanente do PPGD/UVA, professora Adjunta da Faculdade de Direito da UFF, pesquisadora do InEAC/UFF

Publicado

2020-07-13

Cómo citar

Lupetti Baptista, B. G. (2020). “A Minha Verdade é a Minha Justiça”: atualizando os significados atribuídos ao princípio da imparcialidade judicial. Revista Interdisciplinar Do Direito - Faculdade De Direito De Valença, 18(1), 75–95. Recuperado a partir de https://revistas.faa.edu.br/FDV/article/view/842