Percepção de médicos sobre a relação entre estresse e doenças psicossomáticas em pacientes pediátricos e adultos
DOI:
https://doi.org/10.24859/SaberDigital.2025v18n1.1623Palavras-chave:
doenças psicossomáticas, estresse, médicosResumo
Introdução: O estresse compreende um conjunto de reações e estímulos que causam distúrbios no equilíbrio do organismo frequentemente com efeitos danosos e podem provocar várias doenças psicossomáticas que surgem como consequência de processos psicológicos e mentais do indivíduo desajustados das funções somáticas e viscerais e vice-versa. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi identificar a relação entre estresse e doenças psicossomáticas conforme a percepção de médicos e compreender como os sinais e sintomas se manifestam em pacientes pediátricos e adultos. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de desenho transversal, quantitativo e qualitativo. Utilizou-se um “Questionário sociodemográfico e profissional”, seguido de uma Entrevista semiestruturada, para coleta de dados a fim de gerar as análises qualitativas e quantitativas. Resultados e discussão: A pesquisa contou com a participação de dois médicos especialistas de cada área: Geriatria, Pediatria, Dermatologia, Reumatologia, Gastroenterologia e Coloproctologia. A maioria era do sexo masculino (58%) e tinha entre 36 e 46 anos de idade (58%). Em relação ao tempo de formado, 42% tinham entre 21 e 30 anos e 58% havia cursado a pós-graduação na modalidade de especialização. As entrevistas deram origem a sete categorias temáticas: “Estresse e doenças psicossomáticas”, “Processo do diagnóstico”, “Características fisiológicas”, “Aspectos psicológicos relacionados ao estresse”, “Impactos da pandemia de Covid 19”, “Possibilidades de tratamento” e “Redes de apoio no tratamento”. Conclusão: Os resultados evidenciaram que a maior parte dos entrevistados encaminha os pacientes com doenças psicossomáticas para acompanhamento com profissionais da área de saúde mental, como psiquiatras e psicólogos, e indicam o uso de terapias alternativas, prática de atividades físicas e importância da rede de apoio familiar no tratamento.
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