Cigarro eletrônico: conhecimento e uso por estudantes de medicina de uma universidade privada

Autores

  • Laila Monteiro Porfírio Universidade de Vassouras - Univassouras
  • Sofhia Paris Bervig Universidade de Vassouras - Univassouras
  • Bianka Gomes Portocarreiro Universidade de Vassouras - Univassouras
  • Mariana Mello dos Santos Universidade de Vassouras - Univassouras
  • Thalita Martins Moreira de Oliveira Universidade de Vassouras - Univassouras
  • Maria Cristina Almeida de Souza Universidade de Vassouras - Univassouras

DOI:

https://doi.org/10.24859/SaberDigital.2025v18n1.1627

Palavras-chave:

Nicotina;, Lesão Pulmonar;, Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrônico.

Resumo

Introdução: em 1986, o Brasil implementou o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) com o propósito de reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de produtos derivados do tabaco. Em 2003, surgiu o cigarro eletrônico (CE), também conhecido como vapers ou vaporizadores, que sem comprovação científica, foram tidos como uma forma de ajudar os dependentes de tabaco a abandonarem o vício. Em 2009, o Brasil proibiu o uso de cigarros eletrônicos. O uso de vapers está relacionado ao surgimento de diversas doenças, entre as quais, se destaca a Evali (e-cigarette and vaping associated lung injury), lesão pulmonar induzida pelo CE. O quadro clínico dessa doença se manifesta com dor torácica e dispneia, mas também são comuns sintomas gastrointestinais como dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia, além de febre, calafrios e perda de peso. Objetivo: verificar entre estudantes de medicina da uma universidade privada seu conhecimento sobre CE assim como utilização deste dispositivo. Material e métodos: estudo quantitativo, transversal, com amostra constituída por acadêmicos do curso de graduação em Medicina da Universidade de Vassouras. A coleta de dados se deu por meio de um questionário eletrônico. Resultados e discussão: participaram da pesquisa 217 estudantes, sendo 66,8% mulheres. A faixa etária predominante foi de 20 (16,1%) e 22 anos (12,9%); 100% dos participantes possuem conhecimento sobre CE, e 43,8% já fizeram uso. Conclusão: evidenciou-se que 100% dos estudantes do curso de medicina conheçam os CE, contudo, muitos desconhecem seus riscos assim como os efeitos de seu consumo, em especial, as manifestações da Evali. Dados obtidos com essa pesquisa sugerem que muitos estudantes têm a falsa crença de que o uso de CE alivia a ansiedade.

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Biografia do Autor

Bianka Gomes Portocarreiro, Universidade de Vassouras - Univassouras

Universidade de Vassouras. Discente do Curso de Graduação em Medicina

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Publicado

2025-01-29

Como Citar

Monteiro Porfírio, L. ., Paris Bervig, S., Gomes Portocarreiro, B. ., Mello dos Santos, M. ., Martins Moreira de Oliveira, T. ., & Almeida de Souza, M. C. . (2025). Cigarro eletrônico: conhecimento e uso por estudantes de medicina de uma universidade privada. Revista Saber Digital, 18(1), e20251802. https://doi.org/10.24859/SaberDigital.2025v18n1.1627

Edição

Seção

Medicina