O Ajuste oclusal e terapia conservadora no tratamento de uma Disfunção Temporomandibular Articular: relato de caso com seis meses de acompanhamento

Autores

  • Caroline Biagioni de Oliveira Centro Universitário Braz Cubas
  • Isléia Freitas de Moraes Biswas Centro Universitário Braz Cubas
  • Maiara Aparecida Ferreira Centro Universitário Braz Cubas
  • Ronaldo Luís Almeida de Carvalho Centro Universitário Braz Cubas
  • Jean Soares Miranda Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.24859/SaberDigital.2022v15n2.1298

Palavras-chave:

Articulação Temporomandibular, Disco Articular Temporomandibular, Síndrome da Articulação Temporomandibular, Transtornos da Articulação Temporomandibular, Ajuste Oclusal

Resumo

Objetivo: Relatar um caso clínico de artralgia associada a um deslocamento de disco com redução, conduzido por alunos e professores na clínica da Liga de Dor e DTM do Centro Universitário Braz Cubas, através de terapias conservadoras não invasivas e um ajuste oclusão. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 63 anos, compareceu ao atendimento queixando-se de dor constante em ambas as articulações temporomandibulares, sendo esse sintoma mais intenso do lado direito. Ela relata ter tido, há seis meses, um travamento fechado. O critério diagnóstico para as Disfunções Tempororomabidulares (DC/TMD) foi aplicado, fechando o diagnóstico de artralgia e deslocamento de disco com redução na ATM direita. No exame intraoral, foi observado uma giroversão e extrusão do dente 17, que apesar de bem inserido, impossibilitava a sua inclusão na placa estabilizadora, que foi realizada na arcada superior e adotada como tratamento, juntamente com o aconselhamento. Com isso, houve uma considerável redução da sintomatologia, que apenas foi zerada, após um ajuste oclusal realizado sob a restauração de amálgama do dente 17. Discussão: Apesar da oclusão não ser um fator de risco importante para as DTMs e que ajustes oclusais não são formas efetivas de tratamento, nesse caso um ajuste foi realizado apenas sobre uma restauração de amálgama para tentar amenizar essa condição, garantir um conforto durante as funções excêntricas da paciente e impedir um maior prejuízo periodontal. Conclusão: A terapia realizada foi capaz de gerar uma remissão total dos sintomas, o que implicou em melhor qualidade de vida para essa paciente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BASSO, D.; CORRÊA, E.; SILVA, A. M. DA. Efeito da reeducação postural global no alinhamento corporal e nas condições clínicas de indivíduos com disfunção temporomandibular associada a desvios posturais. Fisioterapia e Pesquisa, v. 17, n. 1, p. 63–68, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S1809-29502010000100012

BONTEMPO, K.; ZAVANELLI, R. Desordem temporomandibular: prevalência e necessidade de tratamento em pacientes portadores de próteses totais duplas. RGO, v. 59, n. 1, p. 94–97, 2011.

CAMPIÑO, J. I. et al. Association between traumatic occlusal forces and periodontitis: A systematic review. Journal of the International Academy of Periodontology, v. 21, n. 4, p. 148–158, 2019.

FERREIRA, F. M. et al. Effect of occlusal splints on the stress distribution on the temporomandibular joint disc. Brazilian dental journal, v. 28, n. 3, p. 324–329, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-6440201601459

FUJIWARA, M. et al. Comparison of joint pain in patients diagnosed with and with-out articular disc displacement without reduction based on the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Dis-orders. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod, v. 116, p. 9–15, 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/j.oooo.2012.11.012

GOMES, N. C. et al. Efeitos da estimulação elétrica de alta tensão catódica sobre dor nas mulheres de DTM. RevBrasFisioter, v. 16, n. 1, p. 10–15, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-35552012000100003

GOYATÁ, F. R. et al. Evaluation of signs and symptoms of temporomandibular dysfunction among scholars of dentistry of the University Severino Sombra, Vassouras-RJ. Int J Dent, v. 9, n. 4, p. 181–186, 2010.

HUNTER, A.; KALATHINGAL, S. Diagnostic imaging for temporo-mandibular disorders and orofacial pain. Dent Clin North Am, v. 57, p. 405–418, 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/j.cden.2013.04.008

IRISH, L. A. et al. The role of sleep hygiene in promoting public health: A review of empirical evidence. Sleep medicine reviews, v. 22, p. 23–36, 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.smrv.2014.10.001

KANDASAMY, S.; GREENE, C. S. The evolution of temporomandibular disorders: A shift from experience to evidence. Journal of oral pathology & medicine, v. 49, n. 6, p. 461–469, 2020. DOI: https://doi.org/10.1111/jop.13080

KLASSER, G. D. et al. Classification of Orofacial Pain. Em: Contemporary Oral Medicine. Cham: Springer International Publishing, 2018. p. 1–24. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-28100-1_29-2

MAGALHÃES, B. G. et al. Temporomandibular disorder: otologic implications and its relationship to sleep bruxism. Brazilian journal of otorhinolaryngology, 2017.

MANFREDINI, D. Occlusal equilibration for the management of temporomandibular disorders. Oral and maxillofacial surgery clinics of North America, v. 30, n. 3, p. 257–264, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.coms.2018.04.002

MANFREDINI, D.; LOMBARDO, L.; SICILIANI, G. Temporomandibular disorders and dental occlusion. A systematic review of association studies: end of an era? Journal of oral rehabilitation, v. 44, n. 11, p. 908–923, 2017. DOI: https://doi.org/10.1111/joor.12531

MEDEIROS, S. P.; BATISTA, A.; FORTE, F. Prevalência de sintomas e disfunção temporomandibular e hábitos parafuncionais em estudantes universitários. RGO, v. 59, n. 2, p. 201–208, 2011.

MELO, R. A. et al. Conservative therapies to treat pain and anxiety associated with temporomandibular disorders: a randomized clinical trial. International dental journal, v. 70, n. 4, p. 245–253, 2020. DOI: https://doi.org/10.1111/idj.12546

MENEZES, M. S. et al. Correlação entre cefaléia e disfunção temporomandibular. Fisioterapia e Pesquisa, v. 15, n. 2, p. 183–187, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S1809-29502008000200012

MIERNIK, M.; WIĘCKIEWICZ, W. The basic conservative treatment of temporomandibular joint anterior disc displacement without reduction--review. Advances in clinical and experimental medicine: official organ Wroclaw Medical University, v. 24, n. 4, p. 731–735, 2015. DOI: https://doi.org/10.17219/acem/35165

NISHIMORI, L. E. et al. Utilização das placas oclusais em resina acrílica no auxílio do tratamento de DTMs: revisão de literatura. Uninga Review, v. 17, n. 1, p. 59–64, 2014.

POLUHA, R. L. et al. Temporomandibular joint disc displacement with reduction: a review of mechanisms and clinical presentation. Journal of applied oral science, v. 27, n. 0, p. e20180433, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1678-7757-2019er001

PORTERO, P. P. et al. Placas oclusais no tratamento da disfunção temporomandibular (DTM): revisão de literatura. Rev Gestão & Saúde, v. 1, n. 1, p. 36–40, 2009.

POUBEL, T. et al. Association between generalized joint hypermobility and temporomandibular dysfunction: a clinical and radiographic investigation. Arquivos em Odontologia, v. 52, n. 2, p. 94–99, 2016.

QUINELATO, V. et al. Association Between Polymorphismsin the Genes of Estrogen Receptors and the Presence of Temporomandibular Disorders and Chronic Arthralgia. J Oral Maxillofac Surg, v. 76, n. 2, p. 314–317, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.joms.2017.10.023

REIS, L. O. et al. Prevalence of myofascial pain in patients with temporomandibular disorder. HU Revista, v. 42, n. 3, p. 225–229, 2016.

ROBERTO, G. J.; MARCELO, F. Ética e publicação de relatos de caso individuais. Rev. Bras. Psiquiatr, v. 32, n. 1, p. 2–3, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-44462010000100002

SCHIFFMAN, E. et al. Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (DC/TMD) for clinical and research applications: Recommendations of the international RDC/TMD consortium network* and orofacial pain special interest group. Journal of oral & facial pain and headache, v. 28, n. 1, p. 6–27, Inverno 2014. DOI: https://doi.org/10.11607/jop.1151

SCHIMID, M. S. et al. Conservative management of temporomandibular dysfunction: A literature review with implications for clinical practice guidelines (Narrative review part 2). J Bodyw Mov Ther, v. 27, n. 1, p. 541–548, 2013.

SILVEIRA, A. M. et al. Prevalência de portadores de DTM em pacientes avaliados no setor de otorrinolaringologia. Revista brasileira de oto-rino-laringologia, v. 73, n. 4, p. 528–532, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-72992007000400012

SLADE, G. D. et al. Painful temporomandibular disorder: Decade of discovery from OPPERA studies: Decade of discovery from OPPERA studies. Journal of dental research, v. 95, n. 10, p. 1084–1092, 2016. DOI: https://doi.org/10.1177/0022034516653743

TAKEUCHI-SATO, T. et al. Efficacy of an email-based recording and reminding system for limiting daytime non-functional tooth contact in patients with temporomandibular disorders: A randomized controlled trial. Journal of oral rehabilitation, v. 47, n. 2, p. 158–163, 2020. DOI: https://doi.org/10.1111/joor.12875

Downloads

Publicado

2022-08-29

Como Citar

de Oliveira, C. B., Biswas, I. F. de M., Ferreira, M. A., de Carvalho, R. L. A., & Miranda, J. S. (2022). O Ajuste oclusal e terapia conservadora no tratamento de uma Disfunção Temporomandibular Articular: relato de caso com seis meses de acompanhamento. Revista Saber Digital, 15(2), e20221512. https://doi.org/10.24859/SaberDigital.2022v15n2.1298

Edição

Seção

Odontologia